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Economia e Vivências

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07
Ago17

Todo mundo deveria ter um Zahir

celbanze

O Zahir na escrita de Paulo Coelho, é a sua esposa Esther. Este livro representa uma dedicatória de amor incondicional que o autor demonstra ter pela sua amada e que já não é comum se ver nos dias de hoje. Segundo a tradição islâmica, o Zahir é algo ou alguém que acaba por dominar completamente o pensamento, sem que se possa esquecê-lo em momento algum.

Nesta obra o autor retrata a vida de um escritor que se vê abandonado pela sua esposa sem perceber as razões que estariam por detrás de tal comportamento. Ainda que por algum momento desconfiasse ele tinha a necessidade insensante de voltar a ter pelo menos mais um encontro com Esther para ter as respostas das enúmeras questões que lhe passaram pela cabeça.

Durante a busca insensante por seu Zahir, o autor passou por enumeras experiências, algumas boas, outras más. Teve que recorrer a áquele que achava ser o seu rival para que com a ajuda dele pudesse ter a oportunidade de rever a sua amada transmitindo para o leitor o real sentido de humildade perante certas adversidades que geralmente não se concretizam sem o auxílo de outrém.

Nesta longa viagem, ele começou a perceber certos sinais que a esposa transmitia que ele simplesmente não percebia ou ignorava propositadamente por acha-los irrelevantes e desnecessários. Na verdade este é o dilema vivido pelos “elos” mais fracos dos relacionamentos, onde muitas vezes são engolidos pelos projectos, desejos e sonhos do “dominante” da relação acabam se transformando em tristes acompanhantes que escolheram amar a pessoa “errada”.

No fundo, tudo o que essas pessoas precisam é de ser ouvidas e estimuladas a correr certos riscos sem peso na consciência uma vez que teriam o suporte necessário vindo do seu parceiro ou parceira. Paulo Coelho quis demonstrar na sua obra de forma clara a dor que se sente ao perder um grande amor por puro egocentrismo e egoísmo caracteristico nos seres humanos dominates levando-os a reflectir sobre as consequências desastrosas que os seus actos podem levar.

No final ele reencontra a amada esposa, pórem grávida mas ainda apaixonada por ele e mesmo assim a aceita de volta sem condenações ou até mesmo acusações injuriosas. Esta com certeza foi mesmo a cereja em cima do bolo, pois contra tudo e todos ele a perdoou ciente de quem realmente merecia perdão era ele e não ela.

Mais uma vez o autor transmite um ensinamento nobre, o não julgamento. Muitas pessoas perdem tempo julgando as outras sem no mínimo olhar para os próprios erros. Muitos cometem erros repetitivos mas não tem falta de vergonha na cara de dizer que se o parceiro cometesse o mesmo erro nunca o iriam perdoar. Para além da lição do julgamento ele aqui transmite que o mundo é dinâmico e não é expectável perder alguém e esperar que a mesma volte tal e qual como foi.

É nesta linda e apaixonante história que Paulo Coelho transmite aos seus leitores a importância de se ter um Zahir porque só ele pode levar o ser humano a exercitar a humildade, o não julgamento, a compaixão, a importância da reciprocidade, o amor incondicional e acima de tudo o perdão.

 

Autor: Celeste E. da C. Alexandre Banze

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